Nos finais de 2005 inicio de 2006, apoiei de forma empenhada e consciente a candidatura de Mário Soares, à Presidência da Republica. Sabia que apesar de todo o prestigio que anteriormente granjeou, no exercício dos seus 2 mandatos, seria uma tarefa difícil a sua eleição. O aparecimento e multiplicação de candidaturas, à esquerda, e com a candidatura de Alegre a concorrer no mesmo espaço politico, antevia-se que as coisas não seriam fáceis. Os resultados, são conhecidos, não vale a pena voltar a chover no molhado. O esmiuçar dos mesmos já foi feito por muitos, cada um com a sua leitura, cada um com o seu culpado pronto a vestir. Considero que a culpa pelos resultados eleitorais que conduziram à eleição de Cavaco Silva, é de toda a esquerda, sem excepções.
Nessa altura, não deixei de considerar que o comportamento de Manuel Alegre, não foi o mais correcto para com o Partido que sempre foi o seu, após o 25 de Abril de 1974.
Entretanto passaram-se 4 anos, e as próximas presidenciais estão à porta. Depois de discutido e votado o orçamento. Depois de passado o período em que Cavaco, ainda pode dissolver a Assembleia, tentação que lhe deve andar na alma, o assunto da politica doméstica será a eleição presidencial de 2011.
Considero que Cavaco Silva, nestes anos, foi o presidente que mais desprestigiou o cargo de Supremo Magistrado da Nação. Os factos, falam por si e são factor da maior relevância na análise da presidência de Cavaco Silva. O pontapé de saída foi a sua visita à Madeira, onde se deixou manietar pelo soba local, quando este silenciou a oposição, impedindo que se realizasse uma cerimónia na Assembleia Legislativa local. Com o seu comportamento, por omissão, o sr Presidente, pactuou com mais uma afirmação do poder omnipresente do senhor da Madeira. Até ao recente caso das escutas a Belém, grau zero da politica portuguesa, nunca antes visto. A declaração do Presidente à Nação, sobre o assunto, assumiu contornos de patético. Enfim, Cavaco como ele sempre foi.
Na passada semana, Manuel Alegre, abriu o jogo, e afirmou-se como candidato. Que devo fazer? Enquanto homem de esquerda vou correr os mesmos riscos, que à 4 anos, e contribuir pelo meu comportamento para mais 5 anos de Cavaquismo em Belém? Deverão multiplicar-se, novamente, as candidaturas à esquerda, permitindo que a direita e extrema direita, unidas em torno de um candidato, que parte em vantagem, lidere a campanha eleitoral, mostrando à evidencia de que a esquerda já não é capaz de se unir no propósito tão importante como a eleição de um Presidente, como foi no passado com Eanes e Soares.
Apesar de no passado recente ter sido um severo critico de Manuel Alegre, o futuro é que importa. E o futuro está já aí. Manuel Alegre é o candidato abrangente de toda a esquerda? Só não o será, se não quisermos que o seja. O que será mais importante? mais 5 anos de desprestigio da função presidencial, que tudo indica, se sair vitoriosa, será tentada ao golpismo constitucional, os sinais são por demais evidentes, ou queremos alguém que ocupe a Presidência, com um perfil Humanista, que conhece o valor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Um Homem da cultura, no lugar de um vulgar tecnocrata.
Face a isto, e porque na minha sincera "ingenuidade" politica, não sou daqueles que ficam à espera para ver para que lado correm os ventos, declaro neste espaço, que apoiarei a candidatura de Manuel Alegre à Presidencia da Republica e trabalharei para o seu sucesso, se para isso solicitarem a minha modesta colaboração.
Nessa altura, não deixei de considerar que o comportamento de Manuel Alegre, não foi o mais correcto para com o Partido que sempre foi o seu, após o 25 de Abril de 1974.
Entretanto passaram-se 4 anos, e as próximas presidenciais estão à porta. Depois de discutido e votado o orçamento. Depois de passado o período em que Cavaco, ainda pode dissolver a Assembleia, tentação que lhe deve andar na alma, o assunto da politica doméstica será a eleição presidencial de 2011.
Considero que Cavaco Silva, nestes anos, foi o presidente que mais desprestigiou o cargo de Supremo Magistrado da Nação. Os factos, falam por si e são factor da maior relevância na análise da presidência de Cavaco Silva. O pontapé de saída foi a sua visita à Madeira, onde se deixou manietar pelo soba local, quando este silenciou a oposição, impedindo que se realizasse uma cerimónia na Assembleia Legislativa local. Com o seu comportamento, por omissão, o sr Presidente, pactuou com mais uma afirmação do poder omnipresente do senhor da Madeira. Até ao recente caso das escutas a Belém, grau zero da politica portuguesa, nunca antes visto. A declaração do Presidente à Nação, sobre o assunto, assumiu contornos de patético. Enfim, Cavaco como ele sempre foi.
Na passada semana, Manuel Alegre, abriu o jogo, e afirmou-se como candidato. Que devo fazer? Enquanto homem de esquerda vou correr os mesmos riscos, que à 4 anos, e contribuir pelo meu comportamento para mais 5 anos de Cavaquismo em Belém? Deverão multiplicar-se, novamente, as candidaturas à esquerda, permitindo que a direita e extrema direita, unidas em torno de um candidato, que parte em vantagem, lidere a campanha eleitoral, mostrando à evidencia de que a esquerda já não é capaz de se unir no propósito tão importante como a eleição de um Presidente, como foi no passado com Eanes e Soares.
Apesar de no passado recente ter sido um severo critico de Manuel Alegre, o futuro é que importa. E o futuro está já aí. Manuel Alegre é o candidato abrangente de toda a esquerda? Só não o será, se não quisermos que o seja. O que será mais importante? mais 5 anos de desprestigio da função presidencial, que tudo indica, se sair vitoriosa, será tentada ao golpismo constitucional, os sinais são por demais evidentes, ou queremos alguém que ocupe a Presidência, com um perfil Humanista, que conhece o valor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Um Homem da cultura, no lugar de um vulgar tecnocrata.
Face a isto, e porque na minha sincera "ingenuidade" politica, não sou daqueles que ficam à espera para ver para que lado correm os ventos, declaro neste espaço, que apoiarei a candidatura de Manuel Alegre à Presidencia da Republica e trabalharei para o seu sucesso, se para isso solicitarem a minha modesta colaboração.
Viva a Republica.
PS: sendo secretário coordenador da secção de Guifões, em Matosinhos, esta posição apenas me vincula e mim e não os órgãos dos quais faço parte, nem representa a posição oficial do PS em Guifões.