domingo, 27 de junho de 2010

Carlos:

Permite-me que não te deixe só neste teu precioso texto.

Na verdade, sendo o Norte e em particular o distrito do Porto o mais atingido com a questão das SCUT, e tendo tanto tempo para preparar uma argumentação sólida, verdade é que os Orgãos Federativos apenas fizeram eco de posições, que hoje se demonstra, só vieram fragilizar o PS a Norte. A falta de uma liderança Federativa forte, que positive o PS Nacional, ajudando-o a encontrar as melhores soluções para as populações na região e não para as populações em Lisboa, fez com que hoje andemos perdidos no PS Porto e a reboque de todo o mais estrambólico conceito que possa surgir.

E isto configura com outras incapacidades de afirmação de propostas activas de mudança, como a regionalização, a reconfiguração do sistema eleitoral e uma estratégia coerente para a área metropolitana e o Porto interior.
Por estas razões apoiarei José Luís Carneiro.

Joaquim Paulo

O desnorte evidente na Federação Distrital do Porto do PS

Sabemos que não houve, nunca, qualquer tipo de discussão, quer ao nível dos militantes, que a nível das estruturas federativas, de forma séria sobre o assunto SCUT's. Por isso não estranho o actual desnorte e o ruidoso silêncio sobre a questão ao nível Federativo, pelas seguintes razões:
1º Tratou-se de uma aceitação acéfala, seguidista e acrítica da decisão apresentada pelo governo, sem que houvesse sequer um esboço por parte dos deputados eleitos pelo circulo do Porto, de defesa dos interesses das populações, que dizem representar, no sentido de corrigir situações graves de descriminação negativa, nomeadamente na A4 em Matosinhos e o nó de Perafita para o Aeroporto. Por isso, na convenção  autárquica passada  apelidei-os na minha pequena intervenção de DEPUTADOS PAROLOS.
2º Depois de o Secretário Geral, e primeiro ministro, fruto das negociações sobre o tema com o PSD, ter afirmado publicamente que então todas as SCUT's seriam pagas, ficando isentos os residentes e empresas que estão sob a alçada dessas vias, de imediato vieram vozes de dentro da Federação dizer que "Esta proposta incorpora e acompanha igualmente a posição distrital do PS Porto. Os socialistas do norte fazem-se ouvir." PRECIPITARAM-SE? SIM!
3º No dia imediatamente a seguir, vem na comunicação social, ainda não desmentido, que afinal é intenção do governo que no que já está decidido não se mexe e que as isenções seriam, só e apenas, para os residentes e empresas das SCUT's do interior. FICARAM CALADOS!

Isto prova, se dúvidas houvessem, que o tema  SCUT's nunca foi seriamente discutido a nível federativo do PS. Foi um assunto que sendo tratado com os pés a nível governamental, estes vieram assentar no traseiro dos órgãos federativos do PS Porto. 
Não somos a maior Federação do país que serve apenas para demonstrar, nos tempos mais recentes,e difíceis, as merecidas solidariedades e banhos de multidão, ao Partido e do seu secretário geral. algo que outras federações do país não conseguiram nem conseguem fazer, e depois os dirigentes e deputados do distrito, num assunto com este tipo de implicações, não são escutados nem o "peso" da maior federação do país é tido em conta, como se vê. A solidariedade é uma via que tem dois sentidos. Mesmo a empresa gestora dos "'chip's" poderia ter ficado no distrito do Porto, mas nem isso foram capazes de trazer. Teria sido um bom sinal. 
Mantenho o que sempre disse e penso sobre o assunto SCUT's, desde 2008. Trata-se de um erro  do eng. Cravinho ( aliás, por onde anda ele agora? ...pois houve ai uma fase em que falava sobre tudo e mais alguma coisa na comunicação social e agora anda muito calado). Estas auto-estradas no litoral, nunca deveriam ter sido construídas sob este sistema de financiamento. Nunca!

Carlos Alberto

sexta-feira, 25 de junho de 2010

NÃO TEM CHIP, TEM RETRATO


Sobre o pagamento de portagens nas Scut, a partir do próximo 1 de Julho, disse aqui o que penso. Sou favorável ao pagamento, em todo o país. Sobre chips de matrícula, escrevi que «mais valia tornar o uso da Via Verde uma imposição legal

Ontem, o Parlamento inviabilizou (na generalidade; a ver vamos o que sucede na especialidade) o diploma que daria suporte legal aos referidos chips.

Significa isto que os detentores de Via Verde não têm problemas. Mas os outros, em especial os que têm preocupações de privacidade, vão tê-la (agora sim) devassada. O chip daria notícia da passagem da matrícula A pela estrada X. Ao contrário, a ausência de chip aciona uma fotografia do veículo — como acontece neste momento nas pontes de Lisboa e em todas as auto-estradas do país —, com os dados inerentes, incluindo a(s) nuca(s) do(s) ocupante(s). Isto acontece todos os dias, de Norte a Sul, e nunca incomodou ninguém.

terça-feira, 22 de junho de 2010

SCUTS

Em função do que se vai sabendo, quanto ao sentido da votação dos partidos, o PS tem uma oportunidade de ouro para co-responsabilizar o PSD na abolição das SCUTS em todo o País. Neste assunto saem derrotados aqueles a quem no passado Sábado, em Gondomar, apelidei de parolos e o seu líder, por falta de visão política.

A MINHA COSIDERAÇÃO POR CAVACO BATEU NO FUNDO!...


De um Presidente da República não espero que seja “um dos nosso”, espero antes que seja “um de todos”, capaz de perceber que é na diversidade que o país encontra o seu caminho. Não é importante que tenha sido o candidato em que votei, importa sim que seja um homem de princípios e mais importante do que serem exactamente os meus sejam alguém que se oriente segundo princípios e não por interesses.
Saramago não era um do meus e eu admirava-o, Sá Carneiro não era um dos meus e merecia o meu respeito, Lucas Pires não era um dos meus e sempre teve a minha consideração, Ramalho Eanes não é um dos meus e merece que o admire, são muitos aqueles que não me convencendo a partilhar dos seus ideais conquistam a minha estima, uns ainda o conseguem, outros mereceram-na para todo o tempo em que eu cá andar.
São gente grande, capaz de ultrapassar a mesquinhice, de respeitar e ter consideração pelos adversários, de amar para além dos netinhos, de ambicionar para além da sua dimensão. É isto que se espera de uma instituição como a Presidência da República, uma instituição que os portugueses aprenderam a respeitar porque por lá passou gente grande, gente diferente mas que foi capaz de enriquecer o cargo. A Presidência da República de hoje é muito mais do que determina Constituição, é o humanismo de Jorge Sampaio, é o rigor e honestidade de Ramalho Eanes, é a grandeza de ideias e de cultura de Mário Soares, até é a entrega de Costa Gomes.
É evidente que Cavaco Silva não tem a grandeza de Soares, a generosidade de Sampaio ou a elevação de Ramalho Eanes, diria mesmo que pela sua dimensão dificilmente conseguiria enriquecer o cargo que assumiu. Mas já que dificilmente conseguiria enriquecê-lo, poderia tentar deixar como o encontrou. Infelizmente não está a conseguir.
Quando completou 70 anos fez-se fotografar com a família nos jardins como se fosse a família real dos Silvas, quando veio o Papa voltou a reunir a “família real” para receber o Papa no seu palácio e até ficou extasiado porque Bento XVI repetia o nome dos netinhos. Durante uma semana a Presidência da República foi transformada numa sacristia familiar, mas quando foi necessário enfrentar a reacção do voto gay descobriu que Portugal enfrentava uma crise e o parlamento não podia perder uma hora a discutir o casamento gay.
Mas se para receber o Papa Cavaco se transforma a Presidência da República na família dos Silvas, para homenagear um prémio Nobel o Presidente da República acha que funerais é coisa para amigos próximos, pior ainda, não foi mas mandou o chefe da Casa Civil apresentar os pesamos à família, como se a qualidade do correio enobrecesse o conteúdo da missiva. Quando deve ser o Presidente a aparecer lá aparece a família, quando acha que não deve aparecer porque é um assunto de família manda o chefe da Casa Civil.
O país pode ser pobre, viver permanentemente em crise, enfrentar sucessivos pecs e planos de austeridade, mas apesar de todas estas dificuldades sempre encontrou grandeza na instituição Presidente da República. Agora tem alguém que não se cansa de dizer que sabe muito de economia como se este país fosse uma mercearia, como se o Presidente fosse o técnico oficial de contas de Portugal. Ramalho Eanes não foi presidente por ter muita pontaria, Sampaio não o foi por saber falar inglês e Soares não foi eleito por ser culto, foram presidentes por serem homens nobres, por desprezarem a mesquinhez, por saberem respeitar e fazer-se respeitar.
Não é o caso de Cavaco Silva, pode saber muito de economia mas para Presidência da República é como se não soubesse comer com faca e garfo, não percebe que o cargo é maior do que ele próprio, não resiste à tentação de permitir à família tiques de família real, é incapaz de resistir à tentação de exercer os seus poderes para além do admissível como se viu no caso da conspiração das escutas protagonizada pelo seu braço direito.
Não espero que Sócrates ajude Cavaco a concluir o mandato com dignidade, apenas desejo que termine quanto antes e a Presidência da República retome a tradição da democracia portuguesa, que esteja lá alguém que não se deixe enredar na mesquinhice humana e saiba engrandecer o cargo.

sábado, 19 de junho de 2010

Eu também acho o mesmo que ele.

SCUT
Menezes defende pagamento de portagens
Luís Filipe Menezes considera necessário o pagamento de portagens nas SCUT, lembrando que o PSD foi «o primeiro partido que teve a coragem em Portugal de dizer que era preciso pagar»
Menezes defende pagamento de portagens
«Eu acho que é preciso pagar SCUT, porque se não pagarem aqueles que andam nas SCUT, pagamos todos», disse o presidente da Câmara de Gaia, à margem da apresentação do livro do presidente da AMI e candidato presidencial, Fernando Nobre, que decorreu esta tarde naquela cidade.
Menezes acrescentou que detesta «demagogia neste tipo de matérias» e lembrou que o PSD «foi o primeiro partido que teve a coragem em Portugal de dizer que era preciso pagar SCUT».
«Esta ideia de que ninguém paga é uma ideia irreal. Pagamos todos com os nossos impostos», realçou o ex-líder do PSD.
Menezes admitiu, contudo, que «pode haver aqui ou acolá uma situação de excepção», para a qual se podem encontrar soluções justas «do ponto de vista de dar resposta a algumas dificuldades na economia neste momento».
De entre as excepções destacou «pessoas e agentes económicos das áreas metropolitanas para se deslocarem dentro de uma área metropolitana» ou «cidadãos que vão trabalhar a 10 ou 15 quilómetros de distância».
«Mas quando as mesmas auto-estradas servem também para trânsito inter-regional e nacional de turismo de fim-de-semana, não faz muito sentido que não sejam pagas portagens. Estamos a falar de algo que anda perto dos 750 milhões de euros por ano, que não estão a ser pagos, ou melhor, estão a ser pagos com os impostos de todos», sublinhou o autarca.
«Custa muito, o país está mal, as pessoas e as empresas têm dificuldades, mas evidentemente que têm que ser introduzidos pagamentos», concluiu. 

SCUTS

Pelo menos, durante 2 anos, e sabendo-se que era cada vez mais certo o pagamento de portagens, tiveram os dirigentes da F.D. Porto do PS, tempo para negociar uma solução. Não o fizeram. Agora Matosinhos divide-se ao meio. Hoje ao vir de viagem de trabalho, pela A4, com um camarada meu, este baptizou os pórticos com o nome do Presidente da Federação. Não tive coragem de o contradizer.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu Saramago.

Nunca consegui ler um livro dele até ao final. Dizem que foi um grande escritor. É um Português que se libertou da morte.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

S C U T S

Sempre fui contra a implementação do sistema SCUTS, e estou de acordo quanto ao pagamento das portagens, em TODAS elas.
Lendo o que vem hoje na Comunicação Social, sobre o assunto, verificasse que o critério de isenções é simples; nada daquilo faz sentido. 
Alguém da F. D. Porto do PS vai ter de nos dar muitíssimas explicações. Olhem que não sou de esperar muito tempo!