Os estrangeiros que nos visitam vão começar a rir à gargalhada quando descobrirem que, para os portugueses, as SCUTS são auto-estradas, mas as auto-estradas não são SCUTS.
As isenções e o pagamento das SCUTS são das maiores obras de "engenharia" que Portugal produziu desde a barragem de Cabora Bassa. O último prego neste caixão foi anunciado pelo Ministério das Obras Públicas: "os veículos com matrícula estrangeira estão obrigados à utilização de um dispositivo electrónico". Os nossos hermanos, quando aqui entrarem para comprar um galo de Barcelos, ou qualquer estrangeiro que nos visita, nem vão acreditar no que lhes vai acontecer. Primeiro vão ter de estudar, antes de entrar em Portugal, o que são SCUTS e o que são auto-estradas. E, logo aí, vão começar a rir à gargalhada quando descobrirem que, para os portugueses, as SCUTS são auto-estradas, mas as auto-estradas não são SCUTS. Depois, assim que passarem a fronteira, começa a grande odisseia: como adquirir o "dispositivo electrónico" pré-pago; que quantia deixar em "depósito" e outras interrogações próprias de qualquer viajante. Finalmente, à saída, dirá o marido: estes portugueses são complicados. Ao que a mulher responderá: o melhor é não voltarmos cá mais. A descrição parece caricaturada, mas na realidade é o que se vai passar. Depois do fado, seremos distinguidos pelas SCUTS. Este é um exemplo de como a electrónica é utilizada para complicar e não para simplificar.Tomás Vasques
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