sábado, 24 de julho de 2010

Ouvir os militantes

José Luís Carneiro, candidato à liderança da Federação do PS do Distrito do Porto e actual presidente da Câmara de Baião, esteve na semana passada em Guifões a apresentar a sua candidatura, na Junta de Freguesia, a convite da secção socialista guifonense, liderada por Carlos Alberto Ferreira.
Nuno Carvalho, coordenador da campanha, agradeceu o convite dos socialistas de Guifões para a sessão de esclarecimento, que teve também presentes diversos militantes de Leça do Balio acompanhados por Joaquim Paulo, candidato derrotado nas eleições internas para a liderança da secção baliense.
Segundo Carlos Alberto as portas da secção estão abertas “a todos os candidatos à Federação”, uma vez que “é plural e democrática. Agradeço a José Luís Carneiro o ter vindo. É com satisfação que vejo a sua candidatura no terreno, porque vem sacudir um pouco o marasmo que se instalou a nível da Federação. É preciso abanar um bocado as estruturas”. Lembrou Mário Soares, afirmando que “é preciso alma neste PS. Espero que José Luís Carneiro traga a alma ao PS e proporcione o diálogo”.
Joaquim Paulo agradeceu a possibilidade dos militantes de Leça do Balio “terem aqui um espaço para ouvir e debater a candidatura. Pertencemos ao núcleo de apoio em Matosinhos e estamos de corpo e alma nesta candidatura”.
Para João Santos, presidente da mesa dos militantes guifonenses, “é sempre uma honra ter aqui na Freguesia a visita de José Carlos Carneiro. Reforço as palavras de Carlos Alberto: a secção está aberta ao diálogo, seja com quem for”.
Carmim do Cabo esclareceu que a sessão decorreu na Junta de Freguesia porque “esta é a casa do povo de Guifões e sempre teve por norma receber bem. Este é um acto elementar de democracia, pelo que qualquer Partido pode organizar aqui acções”.
José Luís Carneiro, tal como tinha feito na secção de Matosinhos, esclareceu que o objectivo principal da sua candidatura é “o de garantir um PS de proximidade aos militantes, em que os líderes sejam capazes de ouvir, respeitar e interpretar a suas vontades. Ninguém pode representar bem os ou-tros quando não é capaz de os ouvir e de respeitar as suas opiniões. É no confronto de opiniões que nascem por vezes as melhores soluções”. O segundo objectivo, é fazer com que a Federação “seja capaz de projectar a voz dos militantes no país”, ajudando “a construir a agenda política nacional. Isso significa que nós temos de deixar de ser uma correia de transmissão de uma agenda política definida por outros mas não pelos socialistas do Distrito”.
Para garantir um PS de maior proximidade com os militantes, José Luís Carneiro comprometeu-se a promover, “pelo menos uma vez por ano”, um plenário de militantes em cada Concelhia do Distrito; fazer com que a Comissão Política Distrital reuna nas várias Concelhias do Distrito “para dar dimensão pública às preocupações das comunidades locais”; além de criar “um laboratório de projectos políticos que visa dar apoio aos autarcas que estejam na oposição nas Câmaras Municipais”.
Criticou a actual liderança do PS do Porto, por não ter apresentado nenhuma ideia para a região: “Não me recordo de nenhuma. Há mesmo temas do PS que passaram a ser defendidos pelo PSD e nós temos estado calados”. O PS Porto deve envolver-se na reforma da organização política do Estado, que passa pela regionalização, pela atribuição de novas competências para as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, a reforma eleitoral para a Assembleia da República e Câmaras Municipais, sendo favorável à limitação dos mandatos dos deputados, bem como a haver apenas uma lista candidata às Assembleias Municipais, cujo primeiro elemento é o candidato à presidência da Câmara.
Quanto às SCUT, é defensor do princípio utilizador-pagador, embora defenda que esse princípio se deve aplicar a todas as SCUT, sem excepção. No que concerne ao TGV, é fundamental que avance a ligação Porto-Galiza, enquanto que a do Porto-Lisboa não é prioritária.

Sem comentários: